O PVC pode ser produzido, principalmente, por meio de polimerização em solução e em suspensão, de polimerização em emulsão e de polimerização em massa. Para esse trabalho, foi escolhido analisar o processo de polimerização em suspensão.
O MVC é disperso em uma fase aquosa contínua através de agitação, usando-se colóide protetor- substância que mantém a suspensão estável, isto é, impede que o MVC e a água se separem completamente e deixe de ser uma suspensão- e um iniciador solúvel em água. As gotas de MVC em suspensão costumam ter entre 30 e 150 micrometros.
→ Iniciador solúvel: para ocorrer a reação de polimerização, é preciso que haja elétrons livres, pois esses elétrons livres quebram a ligação dupla do monômero e transformam em ligação simples. Na polimerização, a espécie que fornece esse elétron livre é chamada de iniciador.
Esse processo é feito em reatores de batelada que costumam ter, geralmente, 200 m³ de volume. Além disso, ele é muito exotérmico, e essa liberação de calor na produção de PVC impede que o tempo entre bateladas seja reduzido. Tal fator restritivo se tornou ainda mais significativo com o aumento do volume dos reatores: em maiores volumes há menor razão superfície/contato, o que aumenta a liberação de calor. Essa questão pode ser minimizada ao diminuir a temperatura do reator com água gelada ou com o uso de condensadores de refluxo, que usa o calor latente de vaporização do MVC para resfriar.
No reator são colocados inicialmente: água sem minerais dissolvidos, aditivos, dispersantes e iniciadores. O oxigênio atua aumentando o tempo de reação e altera o produto final e, devido a isso, o reator é selado e o processo é realizado a vácuo para eliminar a maior quantidade de O2 possível. Depois, carrega-se o reator com MVC liquefeito e aquece-se o reator com vapor sob pressão para iniciar a reação. Após o início da reação, o aquecimento é encerrado, pois a reação libera calor. Esse processo ocorre em temperaturas entre 50 e 70 °C.
Cerca de 75 a 95% do monocloreto de vinila é convertido em policloreto de vinila, e o MVC que resta ao final é recuperado. O PVC nesse estágio é obtido em forma de lama, que passa por um processo chamado stripping- o MVC remanescente no PVC é retirado aplicando vácuo e aumentando a temperatura; é feito em reatores ou torres- e, depois, por uma centrifugação e, por último, por uma secagem. Por fim, a resina seca é peneirada para retirar as partículas grossas e é guardada em silos.